Google quer dominar as nuvens comprando a Wiz em negociação bilionária

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Para reforçar sua segurança na corrida pela computação em nuvem, o Google negocia a compra da Wiz, avaliada em US$ 12 bilhões, o que seria sua aquisição mais cara até hoje.

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O Google, subsidiária da Alphabet, pode estar prestes a fechar negócio bilionário. A empresa negocia a compra da Wiz, startup israelense de cibersegurança, por uma quantia que pode chegar a US$ 23 bilhões, tornando-se a aquisição mais cara da história da Alphabet.

Ainda em fase inicial, as conversas não garantem a concretização do acordo. Procurada, a Alphabet não se pronunciou sobre o assunto. A Wiz também optou pelo silêncio.

Fortalecendo o elo fraco: segurança na nuvem

Essa movimentação estratégica reflete a preocupação do Google em aprimorar sua segurança na área de computação em nuvem. A aquisição da Wiz representaria um salto significativo, já que a Alphabet já detém a Mandiant, empresa de cibersegurança comprada por US$ 5,4 bilhões em 2022. Analistas apontam que um alvo do tamanho da Wiz é incomum para grandes empresas de tecnologia como a Alphabet e pode atrair a atenção de órgãos reguladores antitruste. O Google já enfrenta diversas acusações relacionadas a abuso de poder de mercado, tanto em buscas online quanto em ferramentas de publicidade digital.

Corrida armamentista na nuvem: Google x Microsoft e Amazon

A negociação com a Wiz surge logo após a Alphabet encerrar conversas para aquisição da HubSpot, companhia de relacionamento com o cliente. Fundada em 2020, a Wiz se conecta a provedores de armazenamento em nuvem, como Amazon Web Services e Microsoft Azure, analisando dados em busca de vulnerabilidades de segurança. A startup também oferece soluções de gerenciamento de postura de segurança (Security Posture Management – SPM), que ajudam as empresas a identificar e corrigir continuamente falhas de segurança em seus ambientes de nuvem.

A aquisição potencial visa fortalecer o Google na competitiva corrida pela nuvem contra Microsoft e Amazon. Enquanto a gigante das buscas vem investindo em inteligência artificial para seus clientes corporativos, como o uso de ferramentas de aprendizado de máquina para automatizar processos de segurança, ainda patina atrás das líderes de mercado. No entanto, a unidade de cloud computing do Google vem apresentando lucros trimestrais consecutivos, sinalizando evolução no setor.

O uso de inteligência artificial, que demanda grandes volumes de dados para processamento, está impulsionando a migração de empresas para a nuvem. A aquisição da Wiz possibilitaria ao Google oferecer soluções de segurança integradas a esse tipo de serviço, tornando-se mais atrativo para empresas que lidam com volumes massivos de dados sensíveis, como instituições financeiras, empresas de saúde e órgãos governamentais. Além disso, a Wiz possui expertise em segurança para ambientes multicloud, o que possibilita às empresas utilizar diversos provedores de nuvem sem comprometer a segurança.

A batalha pela cibersegurança: Google x Microsoft

Uma aquisição bem-sucedida intensificaria a rivalidade entre Google e Microsoft, a maior vendedora mundial de produtos de cibersegurança. A Microsoft vem sofrendo sucessivos ataques cibernéticos que expuseram dados de clientes corporativos e governamentais. Um relatório do governo dos Estados Unidos criticou duramente a empresa por falhas de segurança que permitiram a invasão de caixas de e-mail de funcionários públicos.

O Google aposta que os fracassos de segurança da Microsoft, somados a preços agressivos, convencerão empresas e governos a migrarem para o Google Workspace Enterprise Plus, pacote de serviços de produtividade concorrente ao Office. Vale ressaltar que o Google Workspace já oferece recursos integrados de segurança, como criptografia de dados e autenticação multifator, que poderiam ser aprimorados com a aquisição da Wiz.

Além disso, o Google ofereceu um ano gratuito do serviço para órgãos governamentais que migrarem 500 ou mais usuários para o Google Workspace Enterprise Plus por três anos, com a possibilidade de descontos significativos na renovação do contrato.

A negociação com a Wiz demonstra a ambição do Google de se consolidar como player relevante no mercado de computação em nuvem. A aquisição potencial traria segurança e inteligência artificial para a mesa, tornando o Google uma opção mais atrativa para empresas que buscam soluções completas e seguras para suas operações na nuvem. Resta saber se o acordo será concretizado e como os órgãos reguladores reagirão a mais uma aquisição bilionária no já concentrado mercado de tecnologia.

Além do embate entre Google, Microsoft e Amazon, a corrida pela nuvem também conta com a participação de outros players importantes, como IBM, Oracle e Alibaba.

Cada empresa oferece soluções e diferenciais próprios para atrair clientes:

  • IBM: A IBM se destaca por sua expertise em soluções híbridas e multicloud, atendendo empresas que desejam manter seus dados e aplicativos em ambientes on-premise e na nuvem. A empresa também investe em inteligência artificial e blockchain para aprimorar suas ofertas de cloud computing.
  • Oracle: A Oracle se concentra em soluções de cloud computing para empresas, oferecendo banco de dados, infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS). A empresa também possui um forte portfólio de softwares de gestão empresarial, o que facilita a integração com seus serviços em nuvem.
  • Alibaba: A gigante chinesa Alibaba é um player importante no mercado asiático de cloud computing, com forte presença na China e em outros países da região. A empresa oferece soluções de IaaS, PaaS e Software como Serviço (SaaS), além de inteligência artificial e blockchain.

Fatores a serem considerados na escolha de um provedor de nuvem:

  • Necessidades específicas da empresa: É importante avaliar quais são as necessidades da empresa em termos de armazenamento, processamento, segurança e outros recursos.
  • Preço: Os preços dos serviços de cloud computing variam de acordo com o provedor e o tipo de serviço. É importante comparar preços e pacotes antes de tomar uma decisão.
  • Segurança: A segurança dos dados é um fator crucial na escolha de um provedor de nuvem. É importante verificar se o provedor oferece recursos de segurança robustos, como criptografia de dados e autenticação multifator.
  • Escalabilidade: A empresa deve escolher um provedor que possa oferecer soluções escaláveis, que acompanhem o crescimento do negócio.
  • Suporte ao cliente: É importante verificar se o provedor oferece suporte ao cliente de qualidade, caso a empresa necessite de ajuda com seus serviços em nuvem.

O futuro da computação em nuvem:

A computação em nuvem está em constante evolução, com novas tecnologias e serviços sendo lançados frequentemente. As empresas que desejam se manter competitivas devem acompanhar as últimas tendências e avaliar como podem utilizar a nuvem para otimizar seus processos e aumentar sua produtividade.

Conclusão:

A corrida pela nuvem é um mercado dinâmico e em constante crescimento. As empresas que desejam se destacar nesse cenário precisam oferecer soluções inovadoras, seguras e escaláveis, além de um atendimento ao cliente impecável. A escolha do provedor de nuvem ideal depende das necessidades específicas de cada empresa, mas é fundamental avaliar cuidadosamente todos os fatores antes de tomar uma decisão.

Lembre-se: A computação em nuvem pode trazer diversos benefícios para as empresas, como redução de custos, aumento da agilidade e da produtividade, além de acesso a novas tecnologias. No entanto, é importante escolher o provedor certo e utilizar os serviços de forma estratégica para maximizar os resultados.

Fonte: finance.yahoo.com