Facebook: 20 anos conectando o mundo… e causando polêmica. O que esperar do futuro?

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Há 20 anos, em um dormitório de Harvard, nascia o Facebook (hoje Meta). Mark Zuckerberg, um jovem estudante, não imaginava que sua criação se transformaria em uma das empresas mais influentes do mundo, com valor de mercado de US$ 599 bilhões e mais de 3 bilhões de usuários diários. Mas a trajetória do gigante tecnológico é marcada não apenas por conquistas grandiosas, mas também por controvérsias e desafios.

Do “Facemash” ao Metaverso:

Tudo começou em 2003, quando Zuckerberg criou o “Facemash”, um site que permitia aos usuários classificar a atratividade dos colegas. Após acusações de violação de privacidade, o site foi desativado. Mas a semente estava plantada. Em 2004, surgiu o “thefacebook.com”, inicialmente voltado para estudantes de Harvard. A expansão foi rápida, alcançando outras universidades e, em poucos meses, ultrapassando os 250 mil usuários. O sucesso comercial veio em 2006, com a abertura para o público geral e a chegada dos anunciantes.

Facebook conquistou o mundo e se tornou um player essencial na arena política. Nas eleições presidenciais dos EUA de 2008 e nas revoltas do Egito em 2011, a plataforma serviu como ferramenta essencial para mobilização e disseminação de informações. Com a aquisição do Instagram em 2012, WhatsApp em 2014 e Oculus VR em 2014, a Meta diversificou seus negócios e reforçou sua presença no mercado digital. Em 2021, a mudança para Meta marcou a aposta da empresa no universo do metaverso.

Conectando, mas isolando?

O impacto do Facebook na sociedade é inegável. A plataforma conectou pessoas, gerou comunidades e criou novas formas de expressão. Mas também trouxe dilemas. Especialistas como Justin Hendrix, editor da plataforma Tech Policy Press, apontam o aumento do sentimento de isolamento e solidão associado ao uso excessivo, além dos riscos de vício que motivaram, inclusive, um processo judicial movido por 41 estados americanos contra a Meta.

Escândalos e polêmicas:

O histórico da Meta também é marcado por escândalos envolvendo privacidade de dados, interferência eleitoral e falta de moderação de conteúdo. O caso Cambridge Analytica, onde dados de milhões de usuários foram usados para fins políticos sem consentimento, é um exemplo marcante. Além disso, algoritmos personalizados e a falta de moderação têm sido apontados como contribuintes para a polarização online.

Metaverso e o futuro da tecnologia:

Zuckerberg aposta alto no metaverso, acreditando que essa será a próxima grande fronteira da tecnologia. Investimentos pesados em realidade virtual e inteligência artificial são apostas da Meta para o futuro. Para Hendrix, o principal desafio dos próximos anos será compreender os impactos da tecnologia na sociedade e criar legislações que protejam os usuários. “O sangue vital dessas empresas é o dado pessoal”, alerta. “É preciso haver mecanismos de proteção em vigor, independente de você usar ou não essas plataformas.”

Os 20 anos do Facebook/Meta nos deixam com um legado complexo: inovação, conexão, mas também preocupações sociais e éticas. O futuro da empresa e da tecnologia digital como um todo dependerá da capacidade de superar os desafios e encontrar um equilíbrio entre progresso e responsabilidade.

Fonte: WAPT