Adeus, querido Cache do Google! Uma nova era começa na busca online

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Lembra daquela vez que a internet parecia uma tartaruga manca e acessar um site era uma missão quase impossível? Nesses tempos jurássicos da web, o salvador da pátria era o “Cache do Google”, que mostrava uma cópia da página salva pelos robôs de busca, permitindo a consulta mesmo se o site original estivesse fora do ar.

Mas, tempos mudam e a internet agora é um velocista olímpico. Com sites mais estáveis e conexões mais potentes, o Cache do Google já vinha dando sinais de aposentadoria. E finalmente, em fevereiro de 2024, a confirmação oficial chegou: ele está se despedindo da página de resultados de busca.

Para que servia o Cache do Google?

Além de ser um bote salva-vidas em tempos de lentidão digital, o Cache tinha outras utilidades bem interessantes:

  • SEO: Profissionais de otimização de sites podiam usá-lo para checar como o Google “via” sua página e identificar problemas técnicos.
  • Monitoramento da concorrência: De olho no que a vizinhança digital está fazendo? O Cache te mostrava as mudanças que seus concorrentes implementavam em seus sites.
  • Pesquisa jornalística: Repórteres astutos usavam o Cache para ver informações que uma empresa ou pessoa havia removido de seu site, revelando detalhes escondidos.
  • Acesso a sites bloqueados: Se um site estava bloqueado na sua região, o Cache do Google funcionava como uma espécie de “túnel secreto” para acessá-lo.

Como era acessado o Cache?

Havia duas formas de acessar o Cache:

  • Botão “Cached”: Ao clicar no menu de três pontos ao lado de um resultado de busca, aparecia a opção “Sobre este resultado”, onde um botão “Cached” te levava à cópia salva do site.
  • Operador “cache:”: Para os usuários mais experientes, bastava digitar “cache:” seguido do endereço da página na barra de busca para ver a versão em Cache.

Por que o Google aposentou o Cache?

A própria empresa explica que o recurso já estava defasado. Com a internet estável e veloz de hoje, a necessidade de acessar uma cópia salva diminuiu drasticamente. Além disso, o Cache era uma “relíquia” com pouca manutenção e modernização.

Haverá substituto?

Por enquanto, não há planos concretos para um substituto direto do Cache. Porém, Danny Sullivan, porta-voz de buscas do Google, mencionou a possibilidade de futuras parcerias com o Internet Archive, um site que preserva versões antigas de páginas da web. Isso permitiria ver como um site mudou ao longo do tempo, oferecendo uma alternativa interessante.

O que isso significa para você?

A aposentadoria do Cache não deve afetar drasticamente sua experiência de navegação diária. A internet está mais rápida e confiável, e acessar sites raramente é um problema. Porém, para aqueles que usavam o Cache de forma estratégica, é preciso encontrar alternativas. Seja para fins de SEO, jornalismo investigativo ou acesso a sites bloqueados, é hora de explorar novas ferramentas e estratégias digitais.

Afinal, a tecnologia evolui constantemente, e o Cache do Google, embora tenha sido um herói em seu tempo, deixa espaço para novas formas de explorar e interagir com a web. É um adeus com um toque de saudade, mas também um lembrete de que a jornada digital está sempre em movimento.

Fonte: theverge