
O Edge da Microsoft parece não estar aprendendo a lição. Depois de várias polêmicas e relatos de práticas invasivas, o navegador voltou a causar indignação por supostamente “pegar emprestado” dados de outros navegadores, como o Chrome, sem permissão explícita dos usuários.
Como assim?
De acordo com diversas reclamações online, o Edge estaria transferindo silenciosamente abas abertas e outras informações do Chrome para si mesmo. O navegador da Microsoft possui uma opção para importar dados automaticamente, como abas, histórico e favoritos, mas essa funcionalidade deve ser ativada pelo usuário. Além disso, há uma configuração específica para sincronizar dados com outros navegadores, também desativada por padrão.
Mas aqui está o problema: mesmo com essas opções desabilitadas, alguns usuários relatam que o Edge simplesmente ignora essas configurações e transfere os dados do Chrome. Tom Warren, do The Verge, relata que, após uma atualização recente do Windows 10, o Edge automaticamente assumiu o controle de suas abas abertas no Chrome em dois dispositivos diferentes. Além disso, o navegador abriu sozinho exibindo todos os dados importados, como se estivesse “se vangloriando” do feito.
É um bug ou má intenção?
Até o momento da publicação desse artigo, nenhum pronunciamento oficial da Microsoft foi publicado sobre o caso. Isso deixa a dúvida: será que é um bug, uma falha técnica, ou uma estratégia deliberada para atrair usuários do Chrome? Seja qual for a razão, fica claro que o Edge está tendo sérios problemas em respeitar a escolha dos usuários.
Não é a primeira vez
Há algumas semanas, a conta oficial do Edge no Twitter deu uma resposta deselegante a um usuário que reclamava das “insistências” do navegador. Isso reforça a impressão de que a Microsoft pode estar adotando práticas antiéticas para promover a adoção do Edge.
Tem solução?
Para usuários na União Europeia, há uma boa notícia: em breve será possível desinstalar o Edge simplesmente clicando com o botão direito no menu Iniciar. Mas para o resto do mundo, a situação ainda é incerta.
Dados sobre a participação de mercado dos navegadores
De acordo com dados da StatCounter, o Chrome é o navegador mais popular do mundo, com uma participação de mercado de 64,4% em agosto de 2023. O Edge vem em segundo lugar, com 10,1% de participação de mercado. O Firefox fica em terceiro lugar, com 7,7% de participação de mercado.
O fato de o Edge ser o segundo navegador mais popular do mundo torna o caso ainda mais grave. Se o navegador estiver sendo usado para coletar dados de usuários sem permissão, isso pode afetar um grande número de pessoas.
Conclusão
O caso do Edge é mais um exemplo de como a privacidade dos usuários pode estar em risco no mundo digital. É importante que os usuários estejam cientes dessas práticas e tomem medidas para proteger seus dados.
Será que a Microsoft corrigirá esse comportamento invasivo? Ou veremos o Edge se envolver em mais polêmicas no futuro?
Fique ligado para saber o próximo capítulo dessa história!